A receita bruta do sector diamantífero angolano atingiu, no primeiro trimestre deste ano, 256 milhões e 592 mil dólares, revelou hoje, em Luanda, o director nacional de Mercados e Promoção de Comercialização do Ministério dos Recursos Minerais e dos Petróleos
Ao falar à imprensa, na 2ª reunião de “Outlook”, relativa à actividade de comercialização de diamantes do 2º trimestre de 2018 e a análise das perspectivas do mercado para o 3º trimestre, o director nacional sublinhou que o referido valor resulta da comercialização de cerca de dois milhões e 12 mil e 597 quilates ao preço médio de 130 dólares por quilate.
No evento, em que participa o ministro dos Recursos Minerais e dos Petróleos, Diamantino Azevedo, o director explicou que os Emiratos Árabes Unidos, Bélgica e a Suíça foram os principais destinos dos diamantes angolanos.
Questionado sobre a venda do período homólogo do ano anterior, Gaspar Filipe Sermão explicou que a comercialização era feita através de clientes preferenciais o que não permite ter os dados referentes às vendas do período análogo de 2017, tendo em conta que eram feitas directamente a único comprador que comercializava no mercado internacional.
Frisou que, apesar de ser aprovada a nova lei, que aguarda a data da publicação em Diário da República, em termos operacionais, agora a venda não é feita apenas com clientes preferenciais.
“O que estamos a preparar é em alinhamento com aquilo que serão as metas a serem alcançadas com as novas política de comercialização de diamantes em curso no país”, disse.
Com esse exercício, acrescentou, pode-se esperar melhorias na comercialização, no sentido de se criar maior transparência no processo de compra a venda de diamantes, produzidos em Angola, bem como se aferir em termos de evolução os preços futuros para os diamantes em Angola que estão a ser mais valorizados no mercado.
Referiu que as reuniões são realizadas trimestralmente pelo Ministério dos Recursos Minerais e dos Petróleos em parceria com as empresas do sector, de modo a garantir maior transparência no processo de compra e venda de diamantes brutos e acompanhar a actividade de vendas dos diamantes produzidos em Angola.
Pretende-se igualmente aferir a evolução do preço no mercado internacional, acompanhar os fundamentos do mercado internacional em relação à procura e oferta, durante o trimestre em análise, avaliar o desempenho das empresas de comercialização de diamantes, assim como em relação ao período anterior.
O Conselho de Ministros aprovou a 27 de Junho, durante a 6ª sessão ordinária orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, a política de comercialização de diamantes brutos.
A medida visa assegurar um sistema eficaz e mais transparência ao processo de compra e venda de diamantes, uma vez que a política que vigorava era essencialmente baseada em clientes preferenciais, em que um grupo restrito de empresas tinha o direito de comprar toda a produção de diamantes do País.
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